Gigantoplastia, a cirurgia de redução de mama, é uma solução vital para mulheres que sofrem com gigantomastia, um problema que vai além da estética, causando sérios problemas físicos e emocionais. Neste artigo vamos esclarecer as principais dúvidas sobre a gigantoplastia, abordando desde a sua definição, indicações, cobertura pelo plano de saúde e, até a importância de um advogado especializado nesses casos.
Índice - Conteúdos
ToggleO que é Gigantoplastia?
A gigantoplastia é um procedimento cirúrgico que visa a redução do tamanho das mamas. Indicada para mulheres que sofrem de gigantomastia – um crescimento excessivo das mamas que pode causar problemas como hérnias de disco e desvios na coluna. A Organização Mundial da Saúde reconhece a gravidade dessa condição, que traz impactos físicos e emocionais significativos.
Essa cirurgia é recomendada para mulheres que apresentam desconforto físico e/ou psicológico devido ao tamanho excessivo das mamas. É importante que as mamas estejam completamente desenvolvidas, geralmente entre os 16 e 18 anos. Mulheres que planejam gravidez e amamentação devem considerar o procedimento após essas fases.
Como a Gigantoplastia é realizada?
A cirurgia, que dura de 2 a 4 horas sob anestesia geral, envolve a remoção do excesso de tecido mamário e remodelamento dos seios. Há duas técnicas principais: incisão periareolar e incisão vertical, comumente usadas em cirurgias mamárias, cada uma com suas características e indicações específicas.
A incisão periareolar é feita na parte inferior da aréola, na transição entre o tecido areolar e a pele mamária. Este método pode ser ideal para casos onde há necessidade de ajustes menores no tamanho ou na posição da aréola, assim como para a colocação de implantes mamários.
Uma vantagem dessa técnica é a cicatriz menos visível, por estar localizada na borda da aréola. No entanto, há considerações importantes a serem feitas, como o potencial impacto na sensibilidade da aréola ou na capacidade de amamentação futura.
A incisão vertical, por outro lado, é indicada para casos de flacidez mamária mais acentuada. Além da incisão ao redor da aréola, ela inclui um corte vertical que se estende até o sulco mamário.
Essa técnica permite um remodelamento mais eficaz da mama, removendo o excesso de pele e tecido para um levantamento significativo. Embora resulte em uma cicatriz mais visível, a incisão vertical pode oferecer melhores resultados estéticos e uma forma mais natural para pacientes com maior grau de ptose mamária.
Cada técnica tem suas vantagens, desvantagens e indicações específicas, sendo crucial uma discussão detalhada com o cirurgião plástico para escolher o método mais adequado ao caso individual, levando em consideração os objetivos estéticos, a estrutura mamária da paciente e as expectativas de recuperação e resultado final.
Cobertura da Gigantoplastia pelo Plano de Saúde
Mulheres com gigantomastia têm o direito à cobertura da gigantoplastia pelos planos de saúde.
Os planos frequentemente negam a cobertura, alegando ser um procedimento estético. No entanto, é um procedimento de saúde, essencial para aliviar problemas físicos e psicológicos.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) obriga a cobertura de procedimentos relacionados à saúde, incluindo cirurgias que tratam condições como dor nas costas e desconforto devido ao peso excessivo dos seios.
O que fazer quando o plano de saúde nega cobertura para Cirurgia de Redução Mamária?
Em primeiro lugar, é necessário solicitar formalmente a cobertura da cirurgia junto ao plano de saúde e, em caso de negativa, exigir que esta seja fornecida por escrito.
A negativa formalizada é um documento crucial para embasar futuras ações judiciais, servindo como prova do descumprimento das obrigações por parte da operadora de saúde.
A negativa de cobertura para a cirurgia de redução de mama por parte de planos de saúde é uma questão delicada, mas que pode ser contornada com a devida preparação e ação estratégica.
É crucial compreender a importância de uma documentação médica completa e detalhada que evidencie a necessidade médica do procedimento. Esta documentação deve incluir:
- Atestado médico detalhado que comprove a existência de gigantomastia, mostrando que a redução mamária é uma necessidade médica e não estética;
- Laudos de exames que demonstrem os prejuízos físicos causados pelo tamanho excessivo das mamas, como dores na coluna, problemas de postura, e irritações na pele sob as mamas;
- Relatório psicológico que ateste os impactos emocionais e psicológicos causados pela gigantomastia, reforçando a necessidade da cirurgia para a melhoria da qualidade de vida da paciente.
Por que contratar um advogado especializado em ações contra planos de saúde ?
A assistência de um advogado especializado em direito à saúde é crucial em casos de negativas de cobertura por parte das operadoras de saúde. Esse profissional desempenha um papel fundamental ao orientar sobre a documentação necessária, os prazos e as estratégias mais adequadas para contestar a decisão da operadora.
Além disso, o advogado tem a expertise necessária para iniciar ações judiciais, utilizando argumentos embasados nas leis e jurisprudências aplicáveis ao caso. Esse conhecimento jurídico aumenta significativamente as chances de reverter a negativa de cobertura e garantir o acesso ao tratamento necessário.
Caso a negativa persista mesmo após os esforços de contestação administrativa, a via judicial se torna uma opção viável e eficaz. Nesse contexto, o advogado pode entrar com uma ação judicial, incluindo o pedido de uma liminar. Essa medida provisória, concedida rapidamente pelo juiz em situações urgentes, obriga o plano de saúde a autorizar e cobrir o procedimento cirúrgico enquanto o processo judicial é analisado, assegurando o tratamento sem demoras desnecessárias.
_____________________________________
Enfrentar uma negativa de cobertura para a cirurgia de redução de mama pode ser um processo desafiador, mas não é intransponível. Com a devida preparação, documentação abrangente e o suporte de profissionais especializados, é possível reverter decisões adversas e garantir o acesso ao tratamento necessário para uma melhor qualidade de vida.