O que é e como funciona a coparticipação em planos de saúde?

Descubra tudo o que você precisa saber sobre coparticipação em planos de saúde.

A coparticipação em planos de saúde é um tema que desperta muitas dúvidas e questionamentos por parte dos usuários. Neste artigo, vamos explicar o que é a coparticipação, como ela funciona nos planos de saúde e quais são as suas vantagens e desvantagens. 

O que é coparticipação em plano de saúde?

A coparticipação em planos de saúde é um mecanismo pelo qual o beneficiário é responsável por arcar com uma parte dos custos dos procedimentos médicos e hospitalares realizados. 

Essa modalidade de plano de saúde foi criada com o intuito de reduzir os custos para as operadoras e tornar o sistema mais sustentável a longo prazo. Ao compartilhar parte dos gastos com o beneficiário, a ideia é evitar que haja um consumo excessivo e desnecessário de serviços médicos.

A coparticipação em planos de saúde tem sido alvo de debates e discussões entre os beneficiários. Alguns defendem que essa modalidade pode ser uma alternativa viável para tornar os planos mais acessíveis, principalmente para aqueles que não utilizam com frequência os serviços de saúde. 

 

Por outro lado, críticos apontam que a coparticipação pode dificultar o acesso aos cuidados médicos, especialmente para pessoas com condições crônicas que demandam acompanhamento constante.

Como funciona a coparticipação de plano de saúde?

No caso dos planos com coparticipação, além do pagamento mensal da mensalidade, o beneficiário deve arcar também com um percentual dos custos de cada procedimento realizado. Esse percentual geralmente é de 30% sobre o valor do atendimento médico, mas pode variar de acordo com o tipo de serviço e com as regras especificadas no contrato do plano.

Por exemplo, em consultas médicas, é comum que o beneficiário pague uma porcentagem do valor da consulta. Já em exames, procedimentos cirúrgicos e internações, o valor a ser pago pode ser calculado com base no valor total do procedimento ou por dia de internação.

É importante ressaltar que a coparticipação possui um limite máximo estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ou seja, o beneficiário nunca terá que arcar com 100% dos custos dos procedimentos.

Qual a diferença entre plano com e sem coparticipação?

A principal diferença entre os planos de saúde com e sem coparticipação é a forma como os custos são divididos entre os usuários e as operadoras. Nos planos sem coparticipação, o beneficiário paga uma mensalidade fixa e tem uma cobertura ampla, sem a necessidade de pagar valores adicionais pelos serviços utilizados.

Por outro lado, nos planos com coparticipação, o beneficiário paga uma mensalidade menor, mas deve arcar com um percentual dos custos de cada procedimento realizado. Essa modalidade pode ser vantajosa para quem utiliza poucos serviços de saúde, mas pode se tornar mais onerosa para quem necessita de atendimentos frequentes ou procedimentos de alto custo.

O que não pode ser cobrado na coparticipação?

A ANS estabelece que algumas despesas não podem ser cobradas na coparticipação, garantindo assim a proteção dos beneficiários. 

Entre as proibições estão: vacinas do calendário obrigatório, consultas de acompanhamento de doenças crônicas e pré-natal, além de exames preventivos.

É importante ficar atento aos seus direitos como consumidor de planos de saúde e denunciar qualquer cobrança indevida ou abusiva.

 

Além das restrições mencionadas, é importante ressaltar que a coparticipação não pode ser aplicada em casos de urgência e emergência, garantindo o acesso rápido e sem burocracias a atendimentos essenciais para a saúde do beneficiário.

Quais são os prós e contras da coparticipação em planos de saúde?

A coparticipação tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas na hora de escolher um plano de saúde.

Prós da coparticipação

  1. Mensalidades mais baixas:

    • Uma das principais vantagens da coparticipação é a redução no valor das mensalidades. Como o beneficiário contribui com uma parte dos custos dos serviços quando os utiliza, a operadora pode oferecer mensalidades mais acessíveis.

  2. Incentivo ao uso consciente:

    • A coparticipação incentiva o uso consciente dos serviços de saúde, já que o beneficiário arca com parte dos custos. Isso pode reduzir a utilização excessiva e desnecessária dos serviços, contribuindo para a sustentabilidade do sistema de saúde.

  3. Acesso a mais serviços:

    • Planos com coparticipação podem oferecer acesso a uma gama mais ampla de serviços, pois o compartilhamento dos custos permite a inclusão de mais benefícios e coberturas.

  4. Adequação ao orçamento:

    • Para pessoas que não utilizam frequentemente os serviços de saúde, a coparticipação pode ser uma opção econômica, permitindo o acesso a um plano de saúde com custos mensais mais baixos.

Contras da coparticipação

  1. Custo adicional por uso:

    • O principal contra da coparticipação é a necessidade de pagar valores adicionais cada vez que um serviço é utilizado. Isso pode aumentar os custos totais, especialmente para pessoas que necessitam de cuidados médicos frequentes.

  2. Planejamento financeiro complexo:

    • A necessidade de pagar parte dos custos dos serviços utilizados pode dificultar o planejamento financeiro. Beneficiários podem enfrentar dificuldades em prever quanto gastarão com saúde, tornando o controle do orçamento mais complexo.

  3. Risco de desincentivo ao uso necessário:

    • Em alguns casos, o custo adicional pode desincentivar os beneficiários a procurarem atendimento médico, mesmo quando necessário. Isso pode levar a complicações de saúde por falta de tratamento adequado.

  4. Impacto em longo prazo:

    • Para beneficiários com condições crônicas ou que necessitam de cuidados regulares, os custos adicionais podem se acumular, resultando em despesas significativas ao longo do tempo.

Quais as principais operadoras que ofertam coparticipação?

Diversas operadoras de saúde oferecem planos com coparticipação, e o preço pode variar de uma para outra.

Bradesco Saúde

O Bradesco Saúde é uma das maiores operadoras de planos de saúde do país e oferece diversas opções de planos com coparticipação. Estes planos permitem uma redução no valor da mensalidade, com o beneficiário pagando um valor fixo ou percentual dos serviços utilizados, como consultas, exames e internações.

Amil

A Amil é outra grande operadora que oferece planos com coparticipação. A empresa disponibiliza uma variedade de planos, desde os mais básicos até os mais completos, todos com a opção de coparticipação, permitindo aos beneficiários um controle maior sobre seus gastos com saúde.

SulAmérica Saúde

A SulAmérica Saúde oferece planos com coparticipação que cobrem uma ampla gama de serviços, incluindo consultas, exames, terapias e procedimentos hospitalares. A coparticipação é calculada com base em um percentual do valor do serviço, proporcionando uma opção acessível para os beneficiários.

Unimed

A Unimed, uma das maiores cooperativas de saúde do Brasil, também disponibiliza planos com coparticipação. Os beneficiários podem escolher entre diferentes tipos de planos que variam em cobertura e valores de coparticipação, atendendo às diversas necessidades e orçamentos.

NotreDame Intermédica

A NotreDame Intermédica oferece planos com coparticipação que incluem uma ampla rede de prestadores de serviços de saúde. Esses planos são projetados para oferecer uma boa relação custo-benefício, com valores de coparticipação acessíveis para consultas, exames e internações.

Hapvida

A Hapvida, operadora com forte presença no Norte e Nordeste do Brasil, também oferece planos de saúde com coparticipação. Os planos da Hapvida são conhecidos por serem acessíveis e oferecerem uma rede ampla de atendimento.

Porto Seguro Saúde

A Porto Seguro Saúde disponibiliza planos com coparticipação que abrangem uma variedade de serviços médicos e hospitalares. Os beneficiários podem optar por diferentes níveis de cobertura e coparticipação, conforme suas necessidades.

Quais são as novas regras de coparticipação de planos de saúde?

Com a ampla gama de planos de saúde, as normas relacionadas à coparticipação estão sempre mudando. Dentre as novas regras estão:

  • Determina um percentual máximo de 50% a ser cobrado pelo procedimento realizado e impõe limites para o valor total pago no mês e no ano pelo consumidor;

  • Não pode haver cobrança de coparticipação e franquia em mais de 250 procedimentos, como exames preventivos e tratamentos de doenças crônicas, entre eles, tratamentos de câncer e hemodiálise;

  • Proíbe uso de coparticipação e franquia diferenciado por doença ou patologia;

  • Estabelece valor monetário fixo e único para atendimento em internação e pronto-socorro;

  • Operadoras devem disponibilizar ao consumidor o extrato de utilização do plano com os valores aplicados;

  • Estabelece regras claras, suprindo lacunas da legislação, garantindo maior previsibilidade, clareza e segurança jurídica aos consumidores. 

Está com problemas na coparticipação do seu plano de saúde?

Se o cliente estiver em dúvida quanto ao seu plano de saúde e coparticipação, é altamente recomendável buscar a orientação de um advogado especializado em direito da saúde. Esse profissional possui o conhecimento necessário para esclarecer questões complexas relacionadas às cláusulas do plano, os direitos do beneficiário e as regras estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Um advogado especializado pode ajudar a interpretar os termos do contrato do plano de saúde, explicar como a coparticipação é aplicada em diferentes serviços e verificar se as cobranças estão de acordo com as regulamentações vigentes. Além disso, ele pode oferecer suporte na resolução de conflitos com a operadora do plano, como negativas de reembolso, cobranças indevidas ou discriminação na aplicação da coparticipação.

Consultar um advogado também é crucial para garantir que o beneficiário esteja plenamente informado sobre seus direitos e obrigações, evitando surpresas financeiras desagradáveis e assegurando que todas as suas interações com a operadora de saúde sejam justas e transparentes. 

Caso necessário, o advogado especializado em direito da saúde pode representar o cliente em ações judiciais para defender seus interesses e assegurar o cumprimento das normas de proteção ao consumidor no setor de saúde.

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