O plano de saúde cobre a internação hospitalar?

Descubra tudo sobre a cobertura de internação hospitalar nos planos de saúde.

A internação hospitalar é um serviço essencial e bastante utilizado em diferentes situações de saúde. No entanto, é comum surgirem dúvidas em relação à cobertura desse tipo de procedimento pelos planos de saúde.

Neste artigo, vamos esclarecer todas as questões relacionadas à internação hospitalar e como os planos de saúde lidam com esse serviço tão importante.

O que é internação hospitalar?

A internação hospitalar é o ato de admitir um paciente em um hospital, com o objetivo de fornecer cuidados médicos, diagnóstico e tratamento. 

Geralmente, a internação ocorre quando o paciente apresenta uma condição de saúde que requer cuidados intensivos, observação contínua ou procedimentos médicos invasivos. Pode ser programada, como no caso de cirurgias agendadas, ou emergencial, quando há a necessidade imediata de internação.

É importante ressaltar que a internação hospitalar envolve não apenas o tratamento médico, mas também a assistência de uma equipe multidisciplinar, que pode incluir médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. 

Essa abordagem integrada visa garantir o bem-estar do paciente durante todo o período de internação, proporcionando um ambiente seguro e propício para a sua recuperação.

A qualidade da internação hospitalar também está diretamente relacionada à infraestrutura e aos recursos disponíveis na instituição de saúde. Hospitais bem equipados, com tecnologia de ponta e profissionais capacitados, tendem a oferecer um atendimento mais eficiente e seguro aos pacientes. 

Além disso, a humanização do cuidado, com a atenção voltada para as necessidades individuais de cada paciente, é um aspecto fundamental para promover a recuperação e o conforto durante o período de internação.

Quanto custa uma internação hospitalar particular?

Os custos de uma internação hospitalar particular podem variar dependendo do tipo de tratamento, hospital escolhido e da localização geográfica. De acordo com dados fornecidos no Edital de Credenciamento nº 01/CIAAR/2017 – FUNSA, uma diária de internação em enfermaria custa acima de R$ 200,00 e o custo de um quarto de apartamento é próximo dos R$ 250,00 reais.

É importante lembrar que os planos de saúde podem cobrir parte ou totalidade desses custos, o que alivia bastante o bolso do paciente. No caso de uma internação hospitalar particular, os custos podem ser bastante elevados, incluindo despesas com diárias hospitalares, honorários médicos, exames, medicamentos e procedimentos adicionais.

O sistema de saúde é composto por uma rede mista de hospitais públicos e privados. Os hospitais particulares geralmente oferecem mais conforto e comodidade aos pacientes, com quartos individuais, equipe especializada e maior agilidade no atendimento. 

No entanto, esses benefícios refletem nos custos, tornando as internações hospitalares particulares mais dispendiosas do que as realizadas em hospitais públicos.

Quais são os documentos necessários para solicitar uma internação hospitalar? 

Para solicitar uma internação hospitalar, é necessário apresentar alguns documentos básicos, como:

  • Documento de identificação pessoal;
  • Carteira do plano de saúde atualizada;
  • Guia de internação emitida pelo médico responsável;
  • Exames médicos e relatórios relacionados ao quadro clínico do paciente;
  • Quaisquer outros documentos solicitados pelo hospital ou plano de saúde.

É importante verificar previamente com o hospital e o plano de saúde quais são os documentos necessários para evitar imprevistos no momento da internação. Além disso, é aconselhável ter cópias desses documentos em mãos para facilitar o processo.

Vale ressaltar a importância de manter a carteirinha do plano de saúde sempre atualizada, pois isso agiliza o processo de autorização para internação. A carteirinha deve conter informações precisas sobre o titular do plano e estar dentro do prazo de validade para evitar transtornos.

Outro ponto relevante a considerar é a necessidade de informar previamente ao hospital sobre eventuais restrições alimentares ou alergias do paciente, caso isso seja relevante para o tratamento. Essas informações auxiliam a equipe médica a fornecer os cuidados adequados e garantir a segurança durante a internação.

Limitações na cobertura de internação hospitalar

As limitações na cobertura de internação hospitalar são uma realidade enfrentada por muitos beneficiários de planos de saúde. Embora esses planos ofereçam uma gama de serviços de saúde, é comum encontrar restrições quanto à duração e ao tipo de internação coberta.

Essas limitações podem variar de acordo com o tipo de plano contratado e as cláusulas específicas estabelecidas no contrato. Em geral, os planos de saúde costumam impor um período máximo de internação por evento, muitas vezes limitando o número de dias cobertos. 

Além disso, certos procedimentos ou tipos de internação podem não ser incluídos na cobertura, como internação em unidades de terapia intensiva (UTI) ou internações psiquiátricas prolongadas.

As restrições podem representar um desafio significativo para os pacientes e suas famílias, especialmente em casos de doenças graves ou emergências médicas que requerem internação prolongada. Muitas vezes, os pacientes precisam arcar com os custos adicionais não cobertos pelo plano de saúde, o que pode causar dificuldades financeiras e impactar negativamente o acesso ao tratamento adequado.

Sendo assim, como o paciente pode proceder quando do recebimento destas negativas, a falta de previsão contratual, aliada à ausência de recursos financeiros próprios podem servir de balizas para impedir a internação do beneficiário?

O que fazer quando o plano de saúde nega a cobertura da internação hospitalar? 

Quando um plano de saúde nega a internação hospitalar, existem medidas que podem ser tomadas para contestar essa decisão e garantir o acesso ao tratamento necessário, como por exemplo:

  • Entenda os motivos da negativa: solicite uma explicação detalhada por escrito, incluindo as justificativas e os fundamentos utilizados pela operadora para a negativa;
  • Consulte o contrato do plano de saúde: revise atentamente o contrato do plano de saúde para verificar se a negativa está de acordo com as cláusulas e coberturas estabelecidas. Isso pode ajudar a determinar se a recusa é legítima ou se viola os termos do contrato;
  • Busque assistência médica: procure o apoio de um médico ou especialista para avaliar a necessidade da internação hospitalar e fornecer um parecer técnico fundamentado;
  • Entre em contato com a operadora: apresente formalmente a contestação à operadora do plano de saúde, seja por telefone, e-mail ou carta registrada;
  • Busque orientação jurídica: se todas as tentativas de resolução amigável falharem, considere buscar orientação jurídica. Um advogado especializado em direito da saúde pode auxiliar na elaboração de uma ação judicial para garantir o acesso ao tratamento necessário.

Apenas como forma de elucidar o que estamos trazendo, achamos interessante trazer um caso, que chegou para a gente no nosso escritório, a respeito de uma negativa dada pelo plano de saúde para a internação de uma criança de apenas 14 (quatorze) anos.

Basicamente, a mãe da criança, residia com a menor em Feira de Santana/BA e, quando sua filha começou a sentir fortes dores na região abdominal, a médica que a acompanhava recomendou que a menor fosse internada, para fins de análise da sua situação física.

Ocorre que, quando a mãe acionou o plano para buscar redes credenciadas que ofertasse a internação, na modalidade pediátrica, na região de sua residência, foi informada de que inexistiam convênios na comarca de Feira de Santana. de modo que, apenas duas saídas restavam para esta mãe: (i) recorrer à um hospital credenciado em regiões próximas, o que demandaria submeter a menor à uma desgastante viagem de cerca de 100km, ou custear, do seu próprio bolso, os dias de internação, algo que giraria em torno de R$6.000,00 (seis mil reais).

Desta feita, como o caso da criança era grave, ingressamos com um ação judicial, visando a autorização para que a mãe da menor pudesse internar a sua filha em rede não credenciada, sendo, os gastos com este procedimento, suportado pelo plano.

Algo que foi acatado pelo judiciário dada a urgência da situação, bem como pela arbitrariedade do plano em fornecer um plano de saúde de abrangência NACIONAL, e não credenciar redes médicas na região onde a sua beneficiária residia.

É importante, portanto, agir rapidamente ao enfrentar uma negativa de internação hospitalar, pois a demora pode prejudicar o tratamento e o prognóstico do paciente. Busque apoio médico e jurídico, e não hesite em defender seus direitos perante o plano de saúde.

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Os planos de saúde no Brasil geralmente oferecem cobertura de internação hospitalar, porém é importante analisar cuidadosamente as condições e limitações de cada plano para garantir uma cobertura adequada às suas necessidades. A contratação de um plano de saúde é um investimento na sua saúde e bem-estar, e a escolha certa pode fazer toda a diferença em momentos de necessidade.

É necessário que os direitos dos pacientes sejam cumpridos e respeitados, caso contrário busque auxílio jurídico especializado para garantir a proteção de sua saúde e bem-estar.

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